Em 3 de dezembro, a Activision Blizzard demitiu 12 funcionários da Raven Software do departamento de QA (Quality Assurance) ─ testadores envolvidos no controle de qualidade da série Call of Duty ─ sem motivo aparente e, na verdade, depois de terem recebido a promessa de um aumento (evidentemente para fazê-los trabalhar com a máxima motivação antes do revés). Em 6 de dezembro, toda a divisão Raven QA decidiu começar a coletar assinaturas para a criação de um sindicato que defende os direitos dos trabalhadores sob a administração tirânica da Activision. que evidentemente ainda não havia aprendido a lição.
Este não é o primeiro sindicato de videogames dos EUA na história… mas estamos perto: o único outro exemplo existente vem da Vodeo, uma empresa independente com apenas uma dúzia de funcionários. Game Workers Alliance, este é o nome escolhido pelos testadores, já foi reconhecido pela Communication Workers of America e aguarda apenas o reconhecimento oficial da própria empresa para iniciar as negociações.
O sindicato deu à Activision 5 dias para reconhecer “pacificamente” o sindicato, ou então o caso será levado diretamente ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas. Dada a esmagadora maioria dos votos que já apóiam o movimento dentro da empresa (sem contar a má fama que já fez), a Activision faria bem em aceitar sem fazer muito barulho.
Na indústria de jogos, e particularmente na Raven QA, as pessoas são apaixonadas por seu trabalho e pelo conteúdo que criam. Queremos garantir que a paixão desses trabalhadores seja refletida com precisão em nosso local de trabalho e no conteúdo que produzimos. Esta união é como podemos fazer nossa voz coletiva ser ouvida
“É claro que a justiça nunca será alcançada sem o poder de negociação coletiva“acrescentaram os testadores em carta à direção, e neste ponto não se pode negar que os funcionários tentaram de todas as formas e por todos os meios fazer a direção da Activision entender que isso realmente não pode continuar.
Esse movimento começou antes do anúncio da aquisição da empresa pela Microsoft mas dificilmente será travado pela “promessa” de um novo CEO: não só o negócio ainda tem de ser aprovado, como Independentemente da liderança em vigor, é hora de os desenvolvedores se expressarem no setor.