É o Renault Scenic, cujo design antecipou em grande parte o conceito chamado Scénic Vision meses atrás. Um modelo que visa olhar diretamente para SUVs do segmento D e orientação familiar como o Ford Mustang Mach-E e o próprio Tesla Model Y, que atualmente é o carro elétrico mais vendido globalmente.
O Scénic vai partilhar uma plataforma com o elétrico Renault Megane, que servirá de base para delinear um modelo maior como o esperado. Se denomina CMF-EV e, mais especificamente, terá por base a variante em torno da qual se articula o Nissan Ariya, com a qual partilhará grande parte do seu elenco técnico. No entanto, a Renault vai recorrer à sua saber como em termos de carros elétricos para marcar distâncias em relação aos japoneses.
Como no Megane e no Ariya, haverá diferentes níveis de energia e capacidade da bateria que devem estar em 218, 242 e 306 cv e em 63 e 87 kWh, respectivamente. Olhando para o modelo japonês, que é o mais próximo do Scénic em tamanho e peso, a autonomia oscilará entre os 400 e os 550 quilómetros. Talvez a Renault saiba espremer melhor a maior bateria para conseguir ultrapassar os 600 quilômetros homologados.
Podemos também olhar para o seu primo japonês para nos orientar em termos de preços, pois, embora a Renault lhe dê um ar mais premium, não ultrapassará a bifurcação em que se encontra o Ariya, cujo preço se situa entre os 48.000 euros para a variante com uma bateria e motor menores em um único eixo (que atualmente não está disponível) e os quase 65.000 euros para a variante com motor duplo e bateria de 87 kWh.
A apresentação do germe do novo modelo ocorreu há quase seis meses e, desde então, a Renault teve tempo suficiente para colocar na rua as primeiras unidades de teste encarregadas de apoiar o desenvolvimento técnico do carro. Com base no estado das unidades avistadas, pode-se dizer que o lançamento do Scénic elétrico acontecerá mais cedo ou mais tarde. Aliás, o lançamento comercial do modelo está previsto para 2024., pelo que a sua apresentação pode ocorrer ainda este ano. O mais tardar, no início do próximo ano, já saberemos qual será o design do modelo de produção.