Graphcore revela novo chip AI e “computador de ultra-inteligência”

O mais recente chip AI da Graphcore é o primeiro processador wafer-on-wafer do mundo e deve lançar as bases para uma nova geração de supercomputadores.

Fundada em 2016, a fabricante de chips britânica Graphcore produz inteligência artificial chips e os incorpora em seus sistemas, que a empresa comercializa como concorrentes diretos dos sistemas DGX da Nvidia. Em dezembro, a Graphcore anunciou que havia derrotado a Nvidia em benchmarks de IA pela primeira vez. No entanto, a Nvidia continua a oferecer o mais alto desempenho por chip.

Agora, a Graphcore está apresentando a nova geração de seus chips e sistemas de IA: o Bow IPU substitui os processadores IPU Mk2 GC200 instalados anteriormente e oferece desempenho até 40% maior com eficiência energética 16% melhor.

Como resultado, diz-se que o Bow-POD256 oferece mais de 89 petaFLOPS de poder de computação de IA, enquanto o maior sistema, Bow-POD1024, oferece 350 petaFLOPS de poder de computação de IA. Os novos sistemas substituem seus antecessores pelo mesmo preço.

O chip da Graphcore conta com a tecnologia wafer-on-wafer da TSMC

O Bow IPU é o primeiro processador wafer-on-wafer do mundo a contar com a nova tecnologia 3D wafer-on-wafer da TSMC. A gigante de chips taiwanesa o desenvolveu em cooperação com a Graphcore. A tecnologia de semicondutores 3D permite novas arquiteturas de chip e está sendo desenvolvida ou já utilizada em diferentes variantes.

O processo wafer-on-wafer no Bow IPU combina dois wafers para criar uma nova matriz 3D: uma wafer para processamento de IA, com arquitetura semelhante ao antigo processador GC200 e uma segunda wafer com uma matriz de fonte de alimentação.

Ao adicionar capacitores de vala profunda na matriz da fonte de alimentação, bem ao lado dos núcleos de computação e da memória, a empresa diz que a fonte de alimentação é muito mais eficiente, permitindo maior desempenho e melhor eficiência energética. Espera-se que a tecnologia seja ainda mais desenvolvida para a próxima geração de chips, que já está em desenvolvimento, e poderá habilitar núcleos de IPU para a segunda camada de wafer.

Graphcore planeja seu próprio supercomputador

Essa próxima geração de chips da Graphcore será usada, entre outras coisas, no “Good Computer”, um supercomputador também anunciado pela empresa. O computador recebeu o nome do cientista da computação Jack Good, que a Graphcore diz ter sido o primeiro pesquisador a descrever uma máquina que superaria as capacidades de nossos cérebros em um artigo de 1965.

A empresa pretende entregar o computador Good até 2024, o primeiro “computador AI de ultra-inteligência” que permitirá tamanhos de modelo de IA de até 500 trilhões de parâmetros. O supercomputador deve custar cerca de 120 milhões por unidade. Ele oferecerá dez exa-flops para cálculos de ponto flutuante AI e até 4 petabytes de memória com uma largura de banda de mais de dez petabytes/segundo.

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