As imagens do túmulo de Tutankhamon assumem-se como um símbolo do Egito Antigo. Tratando-se do filho e genro de Aquenáton (o faraó que instituiu o culto de Aton, o deus Sol) e filho de Kiya, uma esposa secundária de seu pai. acredita-se que este príncipe do Egito tenha casado aos 8 anos, provavelmente com a sua meia-irmã, Anchesenamon. Mais tarde, assumiu o trono quando tinha cerca de nove anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero.
Não há certezas quantas às circunstâncias da sua morte, mas especialistas acreditam que terá acontecido, provavelmente, em 1 324 a.C., aos dezanove anos, sem herdeiros – com apenas nove anos de trono – “o que levou especialistas a especularem sobre a hipótese de doenças hereditárias na família real da XVIII dinastia egípcia”, na opinião de Zahi Hawass, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.
Devido ao fato de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão sumptuoso quanto o de outros faraós, mas mesmo assim é o que mais fascina a imaginação moderna, já que se trata de uma das mais raras sepulturas reais encontradas e quase intacta. Ao ser aberta, em 1922, continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egito de 3 400 anos atrás.
Em 1922, após cinco anos de incessante procura, arqueólogos encontraram no Vale dos Reis, no Egito, a tumba intacta de Tutankhamon.
Tutankhamon: o túmulo intocado pelo tempo
De acordo com a comunidade arqueológica, esta é uma das principais descobertas do século. Não só isso: até hoje a tumba de Tutankhamon revela segredos que os arqueólogos que a encontraram nem poderiam imaginar.
Um deles é a provável existência de câmaras escondidas dentro do local, onde estariam os restos da rainha Nerfertiti, sogra e madrasta de Tut. Além disso, um estudo realizado pelo Museu Egípcio do Cairo com as universidades de Pisa e Politécnica de Milão, revela que uma adaga encontrada no local foi feita com meteorito.
Mistério à parte, a tumba é realmente fascinante e poucas pessoas tiveram acesso físico a ela. Segundo o arqueólogo Howard Carter, que estava presente no dia da descoberta do santuário de Tutankhamon, o local é tão maravilhoso que chega a ser inacreditável.
O fotógrafo Harry Burto, do Museu Metropolitano de Artes, dos Estados Unidos, foi o único a registar imagens da descoberta. Graças à empresa Dynamichrome, agora temos acesso à versão colorida das fotos.