Presentes de Natal dos bancos: cuidado!

Os grandes bancos tendem a tentar-nos no Natal com presentes em troca de um depósito directo do nosso salário ou poupança, mas será que vale a pena?

O Natal é sinónimo de presentes, também nos bancos. Este mês, muitos bancos oferecem televisões, consolas, iPads, computadores portáteis, bens domésticos, etc. em troca das nossas poupanças ou salário. A questão é: é um bom negócio? E acima de tudo, o que devemos ter em mente antes de subscrever uma destas contas de depósito ou de oferta?

1) O que é a TAEG?

A rentabilidade destes produtos bancários, ou seja, o preço destas ofertas, situa-se entre 1% e 3% de TAEG, muito longe dos 4% ou mesmo 5% que podemos obter num depósito a prazo fixo no mercado actual. Por vezes, é muito mais rentável abrir uma conta remunerada ou um dos depósitos mais rentáveis, comprar o presente com o dinheiro que retiramos e manter o que sobra.

2. quanto tempo tenho de ficar na conta?

É lógico que o banco obriga-o a manter o seu salário durante um período mínimo de tempo, a fim de assegurar que o negócio seja bastante rentável. No entanto, isto não significa que tudo conta. Acima de tudo, o compromisso de permanecer no banco deve ser entendido como um risco, uma vez que o salário deve ser mantido no banco não importa o quê. Caso contrário (em caso de desemprego, ou se o cliente quiser mudar de banco por qualquer razão), o montante do presente terá de ser pago. É por isso que é essencial avaliar o período de permanência requerido. 12 meses é melhor do que 36.

3. a conta tem taxas?

O presente não é tudo. Para o receber, tem de abrir uma conta e guardá-la durante um certo período de tempo, com tudo o que isso implica. Como as comissões. Se tomarmos o exemplo de uma conta salarial com uma taxa de manutenção de, digamos, 20 euros a cada seis meses, estaríamos a pagar 40 euros por ano. E se o compromisso de permanência fosse de 36 meses, o custo total seria de 120 euros apenas para a manutenção. É por isso que temos de fazer o cálculo e subtrair o resultado do preço do presente no mercado. Desta forma, saberemos mais precisamente qual a remuneração que recebemos pelo nosso salário.

4. tenho de pagar impostos?

A remuneração bancária está normalmente sujeita a um imposto com retenção na fonte de 19%. Os presentes em espécie não são excepção. Este montante pode ser cobrado ao banco (oferta líquida) ou ao cliente, e a sobretaxa correspondente será feita na conta.

5. tenho de pagar os custos de envio?

Normalmente, quando o presente é enviado para a sua casa, tem de pagar os custos. Se isto acontecer, deve perguntar exactamente quais serão estes custos, porque existem alguns casos realmente abusivos (até 90 euros por levar uma televisão para casa). Outra opção para poupar este montante é negociar com o banco a possibilidade de ir buscar pessoalmente o presente à agência.

6) O que acontece se o presente se esgotar?

Estes tipos de promoções estão limitados ao stock do produto, pelo que é possível que se esgotem. Nesse caso, o que é que acontece? Oferece outro produto? Qual deles? É negociável? É aconselhável fazer estas perguntas e rever o contrato para evitar surpresas desagradáveis.

Para resumir

A rentabilidade destes presentes mal chega aos 3% e pode obrigar-nos a depositar o nosso dinheiro durante um longo período de tempo, por isso se o que procuramos é o máximo retorno do nosso dinheiro, seria melhor desviar o olhar das bonitas imagens do produto e procurar um depósito tradicional que nos possa facilmente oferecer rendimentos superiores a 4%.

No entanto, algumas das melhores contas de ofertas podem ser uma opção interessante se a oferta em questão for difícil de encontrar nas lojas ou mais cara do que a que custa no banco (por exemplo, no caso de alguns bancos que oferecem iPads). É então necessário saber mais:

1. qual é a TAEG do depósito e quanto valeria em dinheiro.

2. Quanto dinheiro é necessário ter no banco para o obter e quanto valeria em dinheiro?

3. por quanto tempo.

O equilíbrio destas 3 coisas mais a conveniência do objecto em questão são as chaves para decidir se o presente vale realmente o dinheiro.

Fonte: HelpMyCash.com